Sociobiologia e Moral
"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas..."
Sun Tzu, A arte da guerra
O tema de estudo da sociobiologia consiste em saber como nossos instintos moldam nosso comportamento social. O que queremos, os sociobiologistas, é encontrar padrões gerais do comportamento humano para que possamos moldar nossa sociedade de forma a levar nossos instintos em consideração e podermos nos educar de forma a nos tornar "melhores", segundo nosso próprio conceito moral do que seja "melhor".
Sabermos que temos um instinto agressivo, por exemplo, é importante para que possamos inventar alternativas sociais para diminuir essa nossa agressividade e tornar a sociedade um lugar melhor para vivermos -- novamente de acordo com nosso conceito moral sobre o que seja o "melhor". A sociobiologia deve ainda estudar o ser humano de uma forma estatística, não pontual. Não devemos observar os genes de cada um para descobrirmos suas habilidades, não queremos viver em um mundo GATTACA, não é isso que pregamos! Entretanto, é importante sabermos como os humanos se comportam, de forma geral, e devemos conseguir meios de nos educarmos segundo nossas mais virtuosas regras morais para nos tranformarmos naquilo que desejamos nos tornar.
Se sabemos que nossos instintos animais nos levam a realizar atos moralmente questionáveis, isso não deve nos trazer uma resignação, não deve nos levar a pensar "ah, se fomos moldados assim, isso é o certo". Não! Nosso instinto não está correto!, nosso instinto foi moldado para nos fazer sobreviver às gerações e ao tempo como animais. Mas não somos apenas animais, agora. Somos inteligentes! Temos filosofia, moral, pílulas anti-concepcionais, sociologia e política; estamos cada vez mais longe da soberania e do jugo de nossos genes egoístas. Por muito tempo fomos escravos do autoritarismo genético, mas é hora de nos vermos livres desse tipo de opressão biológica. Finalmente conseguimos estabelecer uma distância entre nossa biologia e nossas atitudes. Nosso instinto prega a desigualdade, a existência de machos-alfa, a dominação de uns sobre outros. Não é isso que queremos para nossa sociedade!
Assim como estudamos nossos inimigos para conseguir derrotá-los, devemos também estudar nossos instintos sociais para saber ao certo como domá-los. O estudo da sociobiologia pode transformar nossa sociedade em um lugar melhor para vivermos*. Sabendo como nos comportamos da forma mais crua e rústica possível, nosso estado animal, podemos assim produzir alternativas sociais para nos transformarmos em seres mais humanistas e preocupados com o bem comum. Estudando a nós mesmos, podemos descobrir que todas as crianças precisam de aulas de sociologia, que devemos nos ensinar desde pequenos que somos iguais, que todos devem ser consideramos como iguais. Devemos ensinar nossas crianças a ajudarem o próximo ao invés de dominá-lo, a compreenderem nossas diferenças, a buscarem a virtude na ciência, na arte e na filosofia -- essas que são as maiores realizações humanas.
Não devemos, como fazem os cientistas socias modernos, ignorar nossos instintos, ignorar essa parte de nós mesmos que é nossa amiga e inimiga ao mesmo tempo. Para cada vitória dos cientistas sociais modernos, uma derrota está associada. A sociobiologia permite, ao mesmo tempo, que estudemos nós mesmos e a parte de nós que é nossa inimiga, de forma que, tendo um bom conhecimento sobre os dois lados dessa mesma moeda que somos, possamos nos tranquilizar e não precisemos temer as "batalhas sociais" que travamos todos os dias contra nossos iguais. A epigrafe de Sun Tzu em "A arte da guerra" nunca foi tão moderna. Somente ao nos conhecermos e conhecermos também o "inimigo social biológico" que trazemos dentre de nós, podemos tornar o mundo um lugar melhor. Elogiemos e estudemos, portanto, a sociobiologia.
Por Francisco Prosdocimi
* O estudo da sociobiologia pode também ser usada para o "mal", para transformar nossa sociedade em um lugar "pior". Educando erroneamente a população, podemos fazê-los acreditar na soberania de uma cultura ou raça sobre a outra. Isso já foi feito pela sociedade em diversas eventos, inclusive na segunda guerra mundial. A aplicação da sociobiologia na sociedade deve ser feita de forma cautelosa, responsável e de acordo com princípios humanistas de moral, do contrário ela poderá ter um impacto extremamente negativo sobre os homens.
Sun Tzu, A arte da guerra
O tema de estudo da sociobiologia consiste em saber como nossos instintos moldam nosso comportamento social. O que queremos, os sociobiologistas, é encontrar padrões gerais do comportamento humano para que possamos moldar nossa sociedade de forma a levar nossos instintos em consideração e podermos nos educar de forma a nos tornar "melhores", segundo nosso próprio conceito moral do que seja "melhor".
Sabermos que temos um instinto agressivo, por exemplo, é importante para que possamos inventar alternativas sociais para diminuir essa nossa agressividade e tornar a sociedade um lugar melhor para vivermos -- novamente de acordo com nosso conceito moral sobre o que seja o "melhor". A sociobiologia deve ainda estudar o ser humano de uma forma estatística, não pontual. Não devemos observar os genes de cada um para descobrirmos suas habilidades, não queremos viver em um mundo GATTACA, não é isso que pregamos! Entretanto, é importante sabermos como os humanos se comportam, de forma geral, e devemos conseguir meios de nos educarmos segundo nossas mais virtuosas regras morais para nos tranformarmos naquilo que desejamos nos tornar.
Se sabemos que nossos instintos animais nos levam a realizar atos moralmente questionáveis, isso não deve nos trazer uma resignação, não deve nos levar a pensar "ah, se fomos moldados assim, isso é o certo". Não! Nosso instinto não está correto!, nosso instinto foi moldado para nos fazer sobreviver às gerações e ao tempo como animais. Mas não somos apenas animais, agora. Somos inteligentes! Temos filosofia, moral, pílulas anti-concepcionais, sociologia e política; estamos cada vez mais longe da soberania e do jugo de nossos genes egoístas. Por muito tempo fomos escravos do autoritarismo genético, mas é hora de nos vermos livres desse tipo de opressão biológica. Finalmente conseguimos estabelecer uma distância entre nossa biologia e nossas atitudes. Nosso instinto prega a desigualdade, a existência de machos-alfa, a dominação de uns sobre outros. Não é isso que queremos para nossa sociedade!
Assim como estudamos nossos inimigos para conseguir derrotá-los, devemos também estudar nossos instintos sociais para saber ao certo como domá-los. O estudo da sociobiologia pode transformar nossa sociedade em um lugar melhor para vivermos*. Sabendo como nos comportamos da forma mais crua e rústica possível, nosso estado animal, podemos assim produzir alternativas sociais para nos transformarmos em seres mais humanistas e preocupados com o bem comum. Estudando a nós mesmos, podemos descobrir que todas as crianças precisam de aulas de sociologia, que devemos nos ensinar desde pequenos que somos iguais, que todos devem ser consideramos como iguais. Devemos ensinar nossas crianças a ajudarem o próximo ao invés de dominá-lo, a compreenderem nossas diferenças, a buscarem a virtude na ciência, na arte e na filosofia -- essas que são as maiores realizações humanas.
Não devemos, como fazem os cientistas socias modernos, ignorar nossos instintos, ignorar essa parte de nós mesmos que é nossa amiga e inimiga ao mesmo tempo. Para cada vitória dos cientistas sociais modernos, uma derrota está associada. A sociobiologia permite, ao mesmo tempo, que estudemos nós mesmos e a parte de nós que é nossa inimiga, de forma que, tendo um bom conhecimento sobre os dois lados dessa mesma moeda que somos, possamos nos tranquilizar e não precisemos temer as "batalhas sociais" que travamos todos os dias contra nossos iguais. A epigrafe de Sun Tzu em "A arte da guerra" nunca foi tão moderna. Somente ao nos conhecermos e conhecermos também o "inimigo social biológico" que trazemos dentre de nós, podemos tornar o mundo um lugar melhor. Elogiemos e estudemos, portanto, a sociobiologia.
Por Francisco Prosdocimi
* O estudo da sociobiologia pode também ser usada para o "mal", para transformar nossa sociedade em um lugar "pior". Educando erroneamente a população, podemos fazê-los acreditar na soberania de uma cultura ou raça sobre a outra. Isso já foi feito pela sociedade em diversas eventos, inclusive na segunda guerra mundial. A aplicação da sociobiologia na sociedade deve ser feita de forma cautelosa, responsável e de acordo com princípios humanistas de moral, do contrário ela poderá ter um impacto extremamente negativo sobre os homens.
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